sexta-feira, 17 de abril de 2009

PESQUISA SOBRE CUMARU

QUIXERAMOBIM TEM PESQUISA SOBRE CUMARU EM SISTEMA AGROFLORESTAL


Está sendo conduzido, no município de Quixeramobim, na sede do Núcleo de Educação Ambiental do IBAMA, um experimento testando o cumaru (Amburana cearensis) em sistema agroflorestal, como alternativa de renda para o semi árido.

O cumaru é uma das espécies nativas da caatinga, sendo uma planta de múltiplas utilidades, pois sua madeira de excelente qualidade, fácil de trabalhar e com aroma agradável, é vendida no comércio sob o nome de cerejeira. Suas raízes, entrecasca e sementes produzem a cumarina, princípio ativo que além de ser utilizado nas indústrias alimentícias (doces e biscoitos), de cigarros e tabacos, indústrias de perfume como fixador, é utilizado na produção de medicamentos como o xarope de cumaru ou lambedores caseiros, de largo uso popular, e de eficácia comprovada cientificamente como antinflamatório e broncodilatador (MATOS, 2002).  É uma árvore que pela beleza, pode ser usada como ornamental em projetos paisagísticos. Para recuperação de solos e restauração florestal de áreas degradadas é utilizada tanto na fase inicial como nas fases posteriores do reflorestamento, inclusive como mata ciliar, em locais com inundações periódicas de curta duração (MAIA, 2004). Em sistemas agroflorestais pode ser usada como quebra-ventos e faixas arbóreas entre plantações. Como forrageira suas folhas e vagens são consumidas pelos caprinos tanto verdes como secas e pelos bovinos depois de secas. É também de grande importância para a apicultura e meliponicultura pelo fato de fornecer néctar na estação seca do ano, figurando entre as 18 espécies mais utilizadas pelas abelhas nativas para coleta de pólen e/ou néctar e como local de nidificação, além da utilização da sua madeira na construção de colméias (MARINHO, et. al., 2002).

Pelo modo como é explorada, extrativismo vegetal, com a prática do “anelamento” da casca, comprome-se a sobrevivência da espécie no bioma Caatinga, ficando a mesma em risco de extinção. Daí a necessidade de maiores estudos sobre a produção de mudas do cumaru, levando-se em consideração a realidade local, pois os estudos e literatura especializada pouco levam em consideração as condições do semi-árido.

O pesquisador, engenheiro agrônomo João Vianey Fernandes Pimentel, doutorando da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG-PB), já estudou a espécie em sua fase de mudas, onde foi avaliada a influência da água, esterco e cobertura morta. Atualmente está sendo pesquisado o cumaru em plantio com milho e feijão, sob diferentes quantidades de esterco e cobertura morta, em condições de sequeiro.

A área da pesquisa está aberta ao público, principalmente aos agricultores familiares, interessados em implantar o sistema.

 

REFERÊNCIAS: 

MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: Leitura e Arte, 2004.

MARINHO, I. V. ; FREITAS, M. F. ; ZANELLA, F. C. V. ; CALDAS, A. L. . Espécies Vegetais da Caatinga Utilizadas pelas Abelhas Indígenas Sem Ferrão como Fonte de Recursos e Local de Nidificação.. In: I Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, 2002, João Pessoa. I Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. João Pessoa : Editora Universitária, 2002.

MATOS, F. J. A. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades. 4ª ed., Fortaleza: Editora UFC, 2002. 267 p.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

CENÁRIOS PARA O NORDESTE BRASILEIRO ATÉ 2050

ESTUDO MOSTRA CENÁRIOS PARA O NORDESTE BRASILEIRO ATÉ 2050

 Agência Brasil  

 Brasília - Será divulgado hoje (26) o estudo Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro 2000-2050. O levantamento foi elaborado para a Embaixada Britânica pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Centro de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 É o primeiro estudo feito no mundo que envolve, em uma visão integrada, as variáveis demográfica, econômica e climática para explicar cenários futuros. O trabalho mostra que a escassez de alimentos vai depender da capacidade de resposta do governo e das instituições em transferir renda para os habitantes do Nordeste.

 Um dos cenários previstos é a limitação da disponibilidade de terras para a agricultura, com repercussão negativa sobre a saúde da população.

 A pesquisa será lançada durante o 1º Seminário sobre Mudanças Climáticas: Implicações para o Nordeste, no Centro de Treinamento Passaré, em Fortaleza.

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ESTUDO PREVÊ MENOS ÁREAS PARA PLANTIO E SAÚDE PIOR NO NORDESTE EM FUNÇÃO DE MUDANÇAS DO CLIMA 

Alana Gandra - repórter da Agência Brasil

 Rio de Janeiro - A escassez ou limitação da disponibilidade de terras para a agricultura,  com  repercussão negativa sobre a saúde da população, é um dos cenários traçados para o Nordeste brasileiro por um estudo elaborado para a Embaixada Britânica pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pelo Centro de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 

Segundo informou o coordenador da equipe do Cedeplar/UFMG, Alisson Barbieri, a pesquisa Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro-2000-2050 mostra que “a escassez de alimentos vai depender da capacidade de resposta do governo e das instituições de transferir renda para os habitantes do Nordeste”.

  Esse é o primeiro estudo realizado no mundo que envolve em uma visão integrada as variáveis demográfica, econômica e climática para explicar cenários futuros, disse o professor. As mudanças climáticas em curso no planeta tendem a afetar com maior intensidade, no Brasil, as populações mais vulneráveis a esses fatores, que estão localizadas sobretudo no Nordeste do país, incluindo os migrantes.

Daí, o estudo  sinalizar para a urgência de que se comece a pensar em programas ou políticas de adaptação  que atendam essas populações mais vulneráveis e minimizem os impactos das mudanças do clima, disse Barbieri. Essas adaptações  abrangeriam várias vertentes. Uma delas  seria o investimento em tecnologia para adaptação dos cultivos agrícolas à nova realidade. Outro mecanismo  diz respeito ao papel do estado, através dos programas de transferência de renda.  Outras alternativas teriam cunho econômico local.

 “Basicamente, essas seriam três respostas em termos de adaptação muito forte nesse cenário futuro até 2050”, enfatizou Barbieri. Os mecanismos, além de garantir  a subsistência da população, poderiam dar condições para sua manutenção na própria região, evitando, ou pelo menos minimizando, a migração dos nordestinos, sobretudo para o Sudeste do país.

 O coordenador da pesquisa destacou que  a limitação do potencial de produção agrícola nessas regiões teria, eventualmente, impacto sobre a renda e o nível de emprego. E, em conseqüência, sobre a disponibilidade de aquisição de alimentos. No mque diz respeito à saúde, o estudo demonstra que deve aumentar a vulnerabilidade de algumas populações em função da ressurgimento de algumas doenças transmitidas por vetores, como a leishimaniose, e doenças que afetam principalmente crianças, pela contaminação de água e a falta de saneamento.

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS PODEM REDUZIR ECONOMIA DO NORDESTE EM ATÉ 11% ATÉ 2050

 Alana Gandra - repórter da Agência Brasil 

Rio de Janeiro - As mudanças climáticas terão efeito sobre a economia brasileira, especialmente a do Nordeste, de acordo com o estudo Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro- 2000/2050. O estudo foi elaborado para a Embaixada Britânica pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

Esse efeito, medido ano após ano, sinaliza que o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste vai cair 11,4% até 2050, como resultado das variações do clima. O PIB  é a soma das riquezas produzidas no país. “Ano após ano, até 2050, o efeito  das mudanças climáticas, através do choque no setor agropecuário, seria uma queda  de 11,4% do PIB”, afirmou à Agência Brasil o professor Alisson Barbieri, coordenador da pesquisa pelo Cedeplar/UFMG.

 De acordo com o estudo, essa perda equivaleria a dois anos de crescimento econômico da região, com base no desempenho registrado entre 2000 e 2005.

 A pesquisa mostra que redução que as mudanças climáticas tendem a provocar na disponibilidade de terras agricultáveis no Nordeste será mais drástica nos estados do Ceará (-79,6%) e Piauí (-70,1%), seguidos de Paraíba (-66,6%) e Pernambuco (-64,9%). Barbieri esclareceu que no caso de Ceará e Piauí deve ocorrer limitação das chamadas “terras aptas” para os principais tipos de cultivo na região nordestina, conforme denominam os técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que participaram do trabalho. 

Em termos de PIB, o estudo revela que as maiores perdas serão registradas em Pernambuco (-18,6%), Paraíba (-17,7%), Piauí (-17,5%) e Ceará (-16,4%). Barbieri disse que a metodologia adotada pelos pesquisadores permitiu captar o efeito de uma variação do PIB agrícola e sua repercussão sobre todos os outros setores agrícolas.

 Em razão disso, os setores que poderão ser mais afetados são os de serviços e indústria, principalmente aquela voltada para o processamento de alimentos, mais vinculada à agricultura. “Esses estados apresentam uma articulação forte com o setor agrícola. Então, haveria o que os economistas chamam de encadeamento entre os choques traçados para o setor agrícola e a economia como um todo”. 

O professor da UFMG explicou  que, em contrapartida, o estado de Sergipe deve  ser o menos atingido pelos choques climáticos. A projeção é de que até 2050 o PIB estadual caia apenas 3,6%. “No caso de Sergipe, haveria uma variação menor em termos de terras inaptas para a agricultura em função das mudanças climáticas. Isso quer dizer que os efeitos climáticos sobre Sergipe seriam menos intensos quanto à redução da aptidão das terras”. O estudo prevê que o estado perderia apenas 5,3%   de terras agricultáveis.

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CHOQUES CLIMÁTICOS AUMENTAM PERSPECTIVA DE MIGRAÇÕES NO NORDESTE ATÉ 2050, MOSTRA ESTUDO

Alana Gandra - repórter da Agência Brasil 

Rio de Janeiro - A redução das terras disponíveis para a agricultura em função dos choques climáticos pode resultar no aumento da migração de nordestinos dentro da própria região e no país até 2050. É o que indica o estudo Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro- 2000/2050, divulgado hoje (26).

 O estudo  foi  elaborado para a Embaixada Britânica pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pelo Centro de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 O coordenador da pesquisa no Cedeplar/UFMG, Alisson Barbieri, explicou que, em um cenário sem mudanças climáticas, a volta de migrantes para suas regiões de origem, principalmente nordestinos e mineiros residentes em São Paulo, tende a se manter. Esse processo vem sendo observado nos últimos 15 a 20 anos. Barbieri lembrou que muitos mineiros e nordestinos ainda deixam seus estados em busca de melhores condições de vida, sobretudo em  São Paulo.

 No caso das mudanças climáticas, porém, Barbieri afirmou que poderia haver  reversão dessa tendência de volta à terra natal. “Em função da redução da renda e do nível de emprego em várias áreas do Nordeste devido às mudanças climáticas, poderia acontecer uma saída de  parte dessa população do Nordeste para outras regiões do país que mantenham ou, eventualmente, aumentem o seu dinamismo econômico em função das mudanças climáticas”.

 Segundo o professor, o efeito das mudanças climáticas no Nordeste como um todo, que seria a região mais afetada pelas alterações do clima no país, “poderia levar a um processo de expulsão de população do Nordeste”. Ele chamou a atenção, contudo, para o fato de que esse cenário  considera as mudanças climáticas sem a adoção de mecanismos de adaptação para a população. Para reverter essa tendência, teriam de ser desenhadas políticas que contribuíssem para manter a população na região e garantir sua subsistência.

 Uma das hipóteses levantadas pelo estudo é a ampliação das transferências governamentais de renda, como o Bolsa Família, por exemplo, como instrumento para suavizar os  impactos das mudanças do clima sobre a economia do Nordeste.

 Barbieri destacou que ao traçar esse cenário de aumento dos fluxos migratórios até 2050, a idéia do estudo “é levantar o debate sobre que tipo de mudanças ou adaptações seriam necessárias para que não chegássemos a isso”. Ele informou que uma alternativa para manter o nível de renda e as pessoas em suas regiões de origem seria uma atuação mais forte do estado em termos de programas de transferência de renda. “Obviamente que a capacidade fiscal do estado é limitada nesse aspecto”, observou.

 Para ele, alternativas mais eficazes poderiam ser, por exemplo, a criação de oportunidades no setor de serviços e na indústria, além de investimentos em tecnologia agrícola, para criar espécies mais resistentes às variações climáticas e adaptadas às alterações do solo.

Fonte: <http://www.socialismo.org.br/portal/ecologia/96-noticia/656-estudo-mostra-cenarios-para-o-nordeste-brasileiro-ate-2050> acesso em: 15/04/2009

links: relacionados: http://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/migracoes_saude/Cedeplar_Sumario_Executivo.pdf


INTERCAMBIO DE ATIVIDADES ENTRE OS MUNICÍPIOS DE QUIXERAMOBIM-CE E IBICUITING-CE




INTERCAMBIO DE ATIVIDADES ENTRE OS MUNICÍPIOS DE QUIXERAMOBIM-CE E IBICUITING-CE



Gestão participativa do projeto

Participação das crianças da comunidade no projeto e importância da preservação da flora do semi-árido

Dia de campo para toda a comunidade em geral 


Mais informações em: http://www.infobibos.com/Artigos/2009_1/Vigilantes/Index.htm

domingo, 12 de abril de 2009

PROJETO COMDEMA E A ESCOLA




Construção de hortas escolares e pequenos minhocarios


1.0  Introdução

 

A olericultura é o ramo da horticultura que trata dos cultivos das plantas olericolas, também chamadas hortaliças. Elas são conhecidas popularmente como verduras e legumes. Sua produção pode ser feita em pequena escala, a nível caseiro ou comunitário e, em meio escala, de forma extensiva ou intensiva.

Na escola uma horta tem grandes vantagens para toda a comunidade, como: diminuir gastos com a alimentação, permite a colaboração dos alunos, enriquecendo o conhecimento deles, estimula o interesse dos alunos pelos temas desenvolvidos com a horta, além de fornecer vitaminas e sais minerais importantes à saúde dos alunos.

A implantação do sistema de horta escolar tem como objetivo levantar conceito de matemática com estudo de diferentes formas dos alimentos cultivados, arranjo espacial dos canteiros; de biologia com o estudo crescimento e desenvolvimento dos vegetais associados com o desenvolvimento do próprio corpo; de química com a importância de ter na terra todos os nutrientes para o bom desenvolvimento da planta e análise da água.

Por outro lado aborda a relação existente na cultura alimentar do nosso país, pois cada região apresenta uma cultura com características diferentes que está diretamente relacionada com seus hábitos alimentares.

O trabalho baseia-se no planejamento e implantação da horta, iniciando com a escolha e limpeza da área, seguido da construção de canteiros suspenso ou no chão com garrafas PET, restos de cadeiras não utilizadas da escola e tijolos.

 

1.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem como proposta construir hortas escolares na rede de escolas publicas da rede municipal de Quixeramobim-CE, gerando uma consciência ambiental junto as crianças de ensino fundamental. Bem como auxiliar no ensino da química, física e biologia.

 

1.1.1 Objetivos específicos

1.      Produzir, o ano inteiro, verduras e legumes frescos e sadios a baixo custo, bastando para isso que as hortaliças sejam plantadas e cuidadas com carinho e dedicação;

2.      Proporcionar experiências de práticas ecológicas para a produção de alimentos nas escolas municipais de Quixeramobim-CE, de tal forma, que possam transmiti-las a seus familiares e conseqüentemente, aplicar em hortas caseiras ou comunitárias;

3.      Melhorar a qualidade nutricional nas escolas municipais de Quixeramobim-CE, complementando os programas de merenda escolar com alimentos frescos, ricos em nutrientes e sem contaminação por agrotóxicos.

 

1.2 Metas

1.      Estimular a adoção de hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis a partir da preparação de alimentos da época, economicamente mais acessíveis;

2.      Favorecer a prática do planejamento, do desenvolvimento e da avaliação do trabalho realizado de forma coletiva;

3.      Oportunizar o estudo do solo, seus organismos, componentes, condições, cuidados, adubação, acidez, sintomas, necessidades, ventilação, dentre outros aspectos, informar à família e à comunidade, de modo geral, sobre os produtos alimentícios, Socializar aprendizagens construídas na escola.

 

1.3 Resultados esperados

 

1.      A produção de material de divulgação a ser socializada com a comunidade.

2.      Informar à família e à comunidade, de modo geral, sobre os produtos alimentícios em safra em cada período;

3.      - Socializar aprendizagens construídas na escola, com a comunidade em geral.

 

2.0 Metodologia de trabalho

A horta escolar como educação de indivíduos se refere ao aprendizado das técnicas básicas de produção, dos cuidados especiais com qualidades dos produtos das formas e modos de preparo e consumo, e dos aspectos nutricionais relativos à alimentação de hortaliças diversas. Assim conduzidas por estudantes com duplo sentido, educacional e alimentar, torna-se práticas leves, podendo ser executados por toda a comunidade escolar. Neste sentido, o nosso trabalho com horta escolar obedecera as seguintes etapas como metodologia:

  1. Escolha e avaliação da área: através do auxilio do Msc Eng. Agrícola Fco. Jardel R. da Paixão e o Msc Eng. Agrícola (Agr.) João Vianey F. Pimentel, voluntários do COM DEMA, será realizada a avaliação da área a ser escolhida.
  2. Escolha do modelo do canteiro: para conseguir-se o modelo adequado será realizado um levantamento bibliográfico e uma análise do saneamento do colégio a ser implantado o sistema.
  3. Seleção dos materiais necessários para construção os canteiros:nesta etapa diante do planejamento traçado, será averiguado e escolhido um material alternativo de menor custo que possa ser reaproveitado. Em seguida, a limpeza do terreno, o nivelamento da área e assim construir os canteiros.
  4. Escolha de cultura: quanto a influência na escolha das hortaliças dar-se-à após um treinamento dos alunos e professores na própria escola com o Msc Eng. Agrícola Fco. Jardel R. da Paixão (voluntário) e o Msc Eng. Agrícola (Agr.) João Vianey F. Pimentel, com diferentes tipos de hortaliças e educação ambiental e uso racional da água na agricultura.
  5. Plantio: com as hortaliças escolhidas será realizado procedimento de construção dos canteiros seguindo a disposição espacial descrita na figura 01, com diferentes formas geométricas de modo a possibilitar uma aula de diferentes disciplinas (Matematica, Geometria, Biologia, Química e fisica) no próprio espaço da horta e plantio, promovendo assim uma melhor integração do aluno com o meio ambiente .

3.0 Minhocário alternativo 

As minhocas são animais detritívoros e que formam túneis e galerias no solo. Graças a esta primeira habilidade, reciclam a matéria orgânica, auxiliando na decomposição, ao mesmo tempo em que enriquecem o solo - uma vez que expelem húmus ao ingeri-la.

A construção de minhocários permitirá com que seus alunos conheçam uma representação do hábitat destes animais, podendo ser útil na horta da escola, caso exista, ou mesmo ser o ponto de partida para que esta seja consolidada.

Trabalhar a questão do lixo orgânico e o trabalho dos detritívoros e decompositores na cadeia alimentar pode, também, estar incluso neste projeto. Introduzir uma campanha de coleta seletiva na escola, na qual o lixo orgânico seja direcionado para este fim pode, também, ser implementado.

 3.1 Micro- minhocário

 

  1. Materiais necessários para cada minhocário (Garrafa PET de 2 litros)

 - Garrafa PET de 2 litros ou um vidro de conserva grande e de boca larga;

- Terra escura;

- Areia;

- Esterco;

- Pó de giz;

- Folhas secas;

- Água;

- 5 Minhocas;

- Um pedaço de tule ou tela de náilon;

- Saco de lixo preto, tecido escuro ou cartolina preta;

 Montagem:

 1- Colocar, no fundo do recipiente, uma camada de aproximadamente 2 cm de terra escura. Em seguida, acrescentar, com a mesma espessura, uma camada dos outros materiais na seguinte ordem: pó de giz, areia e esterco.

2- Repita estas camadas até encher o vidro.

3- Acrescentar folhas mortas.

4- Colocar, cuidadosamente, meio copo de água pelo centro da garrafa - para não desmanchar as camadas;

5- Depositar as minhocas;

6- Fechar o vidro com tela de náilon ou tule;

7- Cobrir ao redor com o material escuro;

8- Deixar o recipiente em local onde não receba luz direta do Sol, como um canto da sala de aula.

OBS.: Caso sejam feitos de garrafa PET, recortar o gargalo, primeiramente.

 

  1. Mini- minhocário

 Materiais necessários para cada minhocário (Garrafa de PVC de 20litros):

 - Garrafa de PVC de 20litros ou um vidro de conserva grande e de boca larga

- Terra escura;

- Areia;

- Esterco;

- Pó de giz;

- Folhas secas;

- Água;

- 100 Minhocas;

- Um pedaço de tule ou tela de náilon;

- Saco de lixo preto, tecido escuro ou cartolina preta.

 4.0 Atividades educacionais relacionadas

 Peça para que seus alunos façam um relatório contendo as etapas e desenhem como o minhocário ficou nos primeiros momentos após ficar pronto.

Semanalmente, retirar a proteção escura e solicitar para que seus alunos anotem e desenhem o que ocorreu em cada intervalo de tempo, tomando o cuidado para cobrir novamente o minhocário.

 5.0 Questões a discutir com os alunos

 - as minhocas “fogem” quando se retira a proteção escura;

- após algum tempo, as camadas estarão misturadas;

- aparecerão certos grânulos escuros (húmus), primeiramente na parte superficial do sistema;

- o húmus pode ser utilizado na horta, jardins, vasos de flores, etc;

- o número de minhocas, ao fim do experimento, estará bem maior.


Figura 01. Distribuição espacial dos canteiros, Quixeramobim-CE, 2009.

Tabela 01. Orçamento com lista de insumos básicos a serem usados na construção das hortas escolares da rede Publica Municipal de Quixeramobim, Quixeramobim-CE, 2009.

Item

Descriminação

Qtd.

Valor - R$

% de gastos

Unitário

Total

1

Sombrite1

15

10,00

150,00

36,37

2

Caídros (m)1

15

2,00

30,00

7,27

3

Ripas (m)1

7

1,10

7,70

1,87

4

Bandejas Agrícolas

5

11,50

57,50

13,94

5

Sementes de coentro (kg)

0.5

10,00

5,00

1,21

6

Sementes de alface (Pacote de 50g)

5

2,35

11,75

2,85

7

Sementes de cebolinha (Pacote de 50g)

5

2,35

11,75

2,85

8

Sementes de tomate (Pacote de 50g)

5

3,55

17,75

4,30

9

Sementes de pimentão (Pacote de 50g)

5

2,55

12,75

3,09

10

Mudas frutíferas (valor médio)

20

4,00

80,00

19,40

11

Mangueiras de polietileno de 16mm (m)

30

0,85

25,50

6,18

12

Microtubos de 8 mm (m)

5

0,55

2,75

0,67

13

Microasperssores

16

4,50

72,00

17,46

14

Adubo orgânico (m3)

2

0,00

0,00

0,00

Total

412,45

1 – Ítem dispensável, se na escola houver sombreamento por árvores ou paredes, durante a tarde..