quarta-feira, 1 de julho de 2009

BIOMA DA CAATINGA

Definição

Caatinga (do Tupi-Guarani: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. A caatinga ocupa uma área de cerca de 734.478 km², cerca de 11% do território nacional englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte do Norte de Minas Gerais (Sudeste do Brasil).

Apresenta vegetação típica de regiões semi-áridas com perda de folhagem pela vegetação durante a estação seca. Anteriormente acreditava-se que a caatinga seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes, como a Mata Atlântica ou a Floresta Amazônica. Essa crença sempre levou à falsa idéia de que o bioma seria homogêneo, com biota pobre em espécies e em endemismos, estando pouco alterada ou ameaçada, desde o início da colonização do Brasil, tratamento este que tem permitido a degradação do meio ambiente e a extinção em âmbito local de várias espécies, principalmente de grandes mamíferos, cujo registro em muitos casos restringe-se atualmente à associação com a denominação das localidades onde existiram. Entretanto, estudos e compilações de dados mais recentes apontam a caatinga como rica em biodiversidade e endemismos, e bastante heterogênea. Muitas áreas que eram consideradas como primárias são, na verdade, o produto de interação entre o homem nordestino e o seu ambiente, fruto de uma exploração que se estende desde o século XVI.

A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila). Quanto à flora, foram registradas até o momento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas. Com relação à fauna, esta é depauperada, com baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena densidade e do pouco endemismo, já foram identificadas 17 espécies de anfíbios, 44 de répteis, 695 de aves e 120 de mamíferos, num total de 876 espécies animais, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.

Além da importância biológica, a caatinga apresenta um potencial econômico ainda pouco valorizado. Em termos forrageiros, apresenta espécies como o pau-ferro, a catingueira verdadeira, a catingueira rasteira, a canafístula, o mororó e o juazeiro que poderiam ser utilizadas como opção alimentar para caprinos, ovinos, bovinos e muares. Entre as de potencialidade frutífera, destacam-se o umbú, o araticum, o jatobá, o murici e o licuri e, entre as espécies medicinais, encontram-se a aroeira, a braúna, o quatro-patacas, o pinhão, o velame, o marmeleiro, o angico, o sabiá, o jericó, entre outras.

A caatinga é uma savana - estépica com fisionomia de deserto, que se caracteriza por um clima semi - árido com poucas e irregulares chuvas, solos bastante férteis e uma vegetação aparentemente seca.

Conpam reuniu 300 participantes de 102 municípios para discutir meio ambiente

O I Encontro de Prefeitos e Secretários Municipais de Meio Ambiente do Ceará aconteceu no último dia 23 de junho

Com a participação de mais de 300 representantes de 102 municípios do Ceará, o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) realizou, ontem (dia 23), o Iº Encontro de Prefeitos e Secretários Municipais de Meio Ambiente do Ceará, no Hotel Porto d´Aldeia Resort. Na ocasião, duas cidades - General Sampaio e Jardim - receberam kits com equipamentos para brigadas contra incêndios dentro do Programa de Monitoramento, Prevenção, Controle de Queimadas e Combates aos Incêndios Florestais (Previna), coordenado pela técnica Ana Cecy Braga Pontes.

A Presidente do Conpam, técnica Tereza Farias informou que o objetivo da oficina é informar aos gestores municipais e os Secretários de Meio Ambiente de cada cidade das ações que o Governo do Estado vem realizando através dos órgãos responsáveis pelas políticas ambientais. Destacou dentre outros programas a Agenda 21, o Programa Selo Município Verde, realidade em várias cidades do interior, o Curso de Formação de Educadores Ambientais e lembrou que hoje a quase totalidade dos 184 municípios cearenses dispõem de Comdemas, Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente.

Em sua fala, Eliene Brasileiro, presidente da Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece) e prefeita de General Sampaio, destacou o papel do órgão na inserção dos municípios no contexto ambiental. Falaram ainda o Superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Francisco Moreira Juvêncio; o novo Secretário do Meio Ambiente da Prefeitura de Fortaleza, advogado Deodato Ramalho Júnior, que destacou ser seu propósito levar adiante o projeto "Cidade Limpa" em Fortaleza e que inclusive determinou fazer um levantamento sobre o que está tramitando na Câmara Municipal sobre o tema, além de prefeitos municipais.

A lista de participação acusou representantes de 102 cidades cearenses com a presença de mais de 40 prefeitos municipais.

Fonte: http://www.conpam.ce.gov.br/noticias/conpam-reuniu-300-participantes-de-102-municipios